terça-feira, 11 de junho de 2013

EXERCÍCIOS PARA O 2º TRIMESTRE!!!



1) A palavra tijolinho tem na sua estrutura mórfica os seguintes elementos:



a) prefixo, radical. b) sufixo, radical. c) radical, sufixo.

d) prefixo, radical, sufixo. e) radical, vogal de ligação, sufixo.



2) Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:



a) noite, anoitecer, noitada;

b) luz, luzeiro, alumiar;

c) incrível, crente, crer;

d) festa, festeiro, festejar;

e) riqueza, ricaço, enriquecer.



3) A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é:



a) florescer, flandres, florear;

b) pousada, aposentado, cômodo;

c) reger; regulamento; regra;

d) corte; percurso; correr;

e) angústia; ângulo; anjo.



4) Assinale oca única opção em que ocorre variante do radical:



a) dizer, dizes, dizia;

b) faço, fazes, façamos;

c) amaria, amavas, amou;

d) quero, queres, querias;

e) vência, venceste, vence.



Assinale a opção em que nem todas as palavras possuem o mesmo radical:
a) noite, anoitecer, noitada;
b) luz, luzeiro, alumiar;
c) incrível, crente, crer;
d) festa, festeiro, festejar;
e) riqueza, ricaço, enriquecer.

02. A série em que os vocábulos enumerados se relacionam porque provêm da mesma raiz é:
a) florescer, flandres, florear;
b) pousada, aposentado, cômodo;
c) reger; regulamento; regra;
d) corte; percurso; correr;
e) angústia; ângulo; anjo.

03. Assinale oca única opção em que ocorre variante
do radical:
a) dizer, dizes, dizia;
b) faço, fazes, façamos;
c) amaria, amavas, amou;
d) quero, queres, querias;
e) vência, venceste, vence.

04. Assinale a opção em que há erro na identificação do elemento mórfico grifado:
a) compostas: desinência de feminino;
b) quadrar: radical;
c) adotei vogal temática;
d) pareceram: vogal temática;
e) influência: desinência de feminino.

05. Vocábulo onde existe desinência de gênero:
a) segredo;
b) curiosidade;
c) força;
d) verbo;
e) alheia.

06. Assinale a alternativa sem desinência modo-temporal:
a) aplaudias;
b) acordou;
c) faltarás;
d) vendam;
e) cobrasses.

07. Assinale a opção em que o processo de formação de palavras está indevidamente caracterizado:
a) vaga-lume: composição;
b) cruzeiro: sufixação;
c) palmeira: sufixação;
d) irritação: sufixação;
e) baunilha: sufixação.

08. Indique a palavra que foge ao processo de formação de chape-chape:
a) zunzum;
b) reco-reco;
c) toque-toque;
d) tlim-tlim;
e) vivido.

09. Assinale a letra em que as palavras são formadas por derivação regressiva, derivação parassintética e composição por aglutinação, respectivamente.
a) neurose, infelizmente, pseudônimo;
b) ajuste, aguardente, arco-íris;
c) amostra, alinhar, girassol;
d) corte, emudecer, outrora;
e) pesca, deslealdade, vinagre.

10. Grupo de três palavras formadas por DERIVAÇÃO:
a) pesaroso, apelo (subst.), refazer;
b) pontapé, introduzir, cipoal;
c) decímetro, casamento, namoro (subst.);
d) cine, guarda-roupa, infiel;
e) infelizmente, amolecer,varapau.

11. Indique a opção em que foram utilizados processos de formação de palavras idênticos aos dos vocábulos plenilúncio / burocracia:
a) vaivém / saca-rolhas;
b) surdo-mudo / corre-corre;
c) aguardente / alcoômetro;
d) vaivém / automóvel;
e) planalto / vinagre.

12. Assinale a opção onde se indica erroneamente o processo de formação:
a) encontrável: derivação sufixal;
b) inesperado: derivação prefixal;
c) emudecer: derivação sufixal;
d) inaudível: derivação prefixal;
e) canto: derivação regressiva.

13. Assinale o vocábulo que apresenta o mesmo processo de formação de vaga-lume:
a) descobriu;
b) lembrança;
c) encantamento;
d) doçura;
e) fios-de-ovos.

14. Numere as palavras da primeira coluna conforme os processos de formação numerados à direita. Em seguida, marque a alternativa que corresponde à seqüência numérica encontrada:


( ) outrora (1) justaposição
( ) a caça (2) aglutinação
( ) pontapé (3) parassíntese
( ) planalto (4) derivação prefixal
( ) anoitecer (5) derivação regressiva.
( ) transcontinental
a) 4, 5, 2, 1, 4, 3;
b) 2, 3, 1, 2, 3, 4;
c) 1, 5, 2, 1, 4, 3;
d) 1, 5, 2, 1, 3, 4;
e) 2, 5, 1, 2, 3, 4.



MOMENTO INTERPRETATIVO

Análise a seguinte questão:

RENATO RUSSO

MAIS É CLARO QUE O SOL

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem.

Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de noitecer gente sã
Espera que o sol já vem.

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!

1. Vamos argumentar, analisar e questionar. A interatividade faz a diferença.



Interpretação de Texto para o ENEM



Retrato

"Eu não tinha esse rosto de hoje,

assim calmo, assim triste, assim magro,

nem estes olhos tão vazios, nem o lábio amargo

eu não tinha estas mãos sem força,

tão paradas e frias e mortas

eu não tinha este coração que nem se mostra

eu não dei por esta mudança tão simples, tão certa, tão fácil

em que espelho ficou perdida minha face?"



1. O tempo já foi cantado pela lira de ilustres escritores da literatura nacional e sobre o tempo, Cecília foi uma das que mais se notabilizou. Mas, para essa questão vamos nos lembrar que a literatura tem o poder de nos fazer refletir e também nos oferecer respostas. Sendo assim, assinale a alternativa cujo texto apresente uma possível resposta a questão levantada pela Cecília.





a)"...tempo é um tecido invisível em que se pode bordar tudo, uma flor, um pássaro, uma dama, um castelo, um túmulo. Também se pode bordar nada. Nada em cima de invisível é a mais sutil obra deste mundo, e acaso do outro."

(Machado de Assis)

b) Minha bela Marília, tudo passa;

A sorte deste mundo é mal segura;

Se vem depois dos males a ventura,

Vem depois dos prazeres a desgraça.

( Tomás Antônio Gonzaga)

c) Chegou um tempo em que não adianta morrer.

Chegou um tempo que a vida é uma ordem.

A vida apenas, sem mistificação.

(Carlos Drummond de Andrade)

d) Nasce o Sol, e não dura mais que um dia,

Depois da Luz se segue a noite escura,

Em tristes sombras morre a formosura,

Em contínuas tristezas a alegria.

...

Começa o mundo enfim pela ignorância,

E tem qualquer dos bens por natureza

A firmeza somente na inconstância.

(Gregório de Mattos)



E) Meu tema é o instante? Meu tema de vida. Procuro estar a par dele, divido-me milhares de vezes, em tantas vezes quanto os instantes que decorrem, fragmentária que sou e precários os momentos – só me comprometo com a vida que nasça com o tempo e com ele cresça: só no tempo há espaço para mim.(Clarice Lispector)





AS VITRINES



Eu te vejo sair por aí

Te avisei que a cidade era um vão

— Dá tua mão

— Olha pra mim

5 – — Não faz assim

— Não vai lá não

Os letreiros a te colorir

Embaraçam a minha visão

Eu te vi suspirar de aflição

10 – E sair da sessão, frouxa de rir

Já te vejo brincando, gostando de ser

Tua sombra a se multiplicar

Nos teus olhos também posso ver

As vitrines te vendo passar

15 – Na galeria, cada clarão

É como um dia depois de outro dia

Abrindo um salão

Passas em exposição

Passas sem ver teu vigia

20 – Catando a poesia

Que entornas no chão



BUARQUE, C. As vitrines.



2. A leitura do poema-canção “As Vitrines” permite afirmar:

(01) A cidade é mostrada como lugar de perigo. Confirmado na imagem “tua sombra a se multiplicar.”

(02) A palavra “colorir” poderia ser trocada por “encantar” sem perder o sentido aplicado no texto.

(03) O enunciador, na primeira pessoa, dirige-se à mulher amada, colocando-a como sua protetora.

(04) Sugere-se no texto a cidade como lugar propício para a poesia.

(05) A repetida referência a “vitrines” reflete o fascínio que elas exercem sobre o poeta.





3. A charge ao lado faz uma crítica



a. à retirada dos viadutos das grandes cidades a fim de facilitar o tráfego de veículos.

b. à valorização dos símbolos do crescimento do país em detrimento das pessoas necessitadas.

c. a políticas públicas que contribuem para o aumento de problemas sociais urbanos.

d. a grandes projetos de alteração urbana que atingem o patrimônio histórico das cidades.

e. aos pobres que enfeiam a cidade.



“ Daí o receio da automação consumista da medicina. Como vai, chegaremos ao ponto de empurrar o paciente no oco de um cilindro eletrônico e esperar o diagnostico adiante, com os remédios já enfrascados, eis que outros mecanismos aviarão a receita. E não faltará um computador levando o dinheiro da conta do cliente à do hospital. Tudo como se faz hoje com uma senha, pedindo o saldo bancário. Alias, o próprio cliente de recursos quer ver as entranhas do corpo, assim como vai à cartomante saber da sorte, ou ao psicanalista desejando conhecer os segredos da alma.

Claro que ninguém é contra o avanço da tecnologia médica, mesmo que chegue a tal absurdo. Mas, quem vai atender os catingueiros do Raso da Catarina e os miseráveis que entopem as bordas das cidades interioranas? Que viram fantasmas desfilando nas salas de assistência social, arrastando os pés , olhar de poça suja, trôpegos, estendendo as mãos escavadeiras em busca de remédios e requisições de impossíveis exames sofisticados. A medicina, cada vez mais mecanizada, esta sem paciência e tempo para ouvir queixas. Não apalpa, nem percurte. Desaparece o ouvindo treinado, protegido por uma toalha, nas costas do doente. Os sentidos, atrofiam-se. Acabou a empatia que curava mais que as poções. E essa tecnologias toda ainda vai desempregar muito medico e inviabilizar a pratica medica nos sertões.”



4. Sobre o texto acima é incorreto afirmar:



a. o autor faz uma reflexão sobre a medicina sem necessariamente ser contra o avanço tecnológico.

b. Ele prega que automação é fruto do capitalismo que transformou os médicos em gente que só quer dinheiro.

c. O autor não é contra o avanço da medicina, mas acha que a tecnologia não deve nos tornar mecanizados.

d. A tecnologia , segundo o autor poderia ser prejudicial para os próprios médicos.

e. O avanço no texto não está relacionado somente ao avanço da medicina.



5. O Movimento Pau-Brasil queria fazer uma poesia de exportação. E a ponta de lança dessa proposta moderna de arte foi Oswald de Andrade. Os poemas abaixo extraídos da obra Pau-Brasil, do autor citado, utiliza uma poesia reduzida ao essencial que busca uma interpretação de seu país, EXCETO em:





A) Se Pedro Segundo

Vier aqui

Com história

Eu boto ele na cadeia

(Senhor Feudal)



B) Aprendi com meu filho de dez anos

Que a poesia é a descoberta

Das coisas que eu nunca vi.

(3 de maio)



C)Muitos metaes pepinos romans e figos

De muitas castas

Cidras limões e laranjas

Uma infinidade

Muitas cannas daaçucre

Infinito algodam

Também há muito paobrasil

Nestas capitanias

(Riquezas Naturais)



D) Seguimos nosso caminho por este mar de longo

Até a oitava da Páscoa

Topamos aves

E houvemos vista de terra.

(A Descoberta)



E) Eram três ou quatro moças bem moças e bem gentis

Com cabelos mui pretos pelas espáduas

E suas vergonhas tão altas e tão saradinhas

Que de nós as muito bem olharmos

Não tínhamos nenhuma vergonha.



(As Meninas da Gare)





Quando o homem não trata bem a natureza, a

natureza não trata bem o homem.



Essa afirmativa reitera a necessária interação das diferentes espécies, representadas na imagem ao lado.



6. Depreende-se dessa imagem a

A. atuação do homem na clonagem de animais pré-históricos.

B. exclusão do homem na ameaça efetiva à sobrevivência do planeta.

C. ingerência do homem na reprodução de espécies em cativeiro.

D. mutação das espécies pela ação predatória do homem.

E. responsabilidade do homem na manutenção da biodiversidade.





Leia o texto:



RAÇA & CLASSE

Nossa pele teve maldição de raça

e exploração de classe

duas faces da mesma diáspora e desgraça

Nossa dor fez pacto antigo com todas as estradas do

mundo e cobre o corpo fechado e sem medo do sol

Nossa raça traz o selo dos sóis e luas dos séculos

a pele é mapa de pesadelos oceânicos

e orgulhosa moldura de cicatrizes quilombolas.

7. Sobre o texto acima pode-se afirmar:



a) O texto revela que o sofrimento do negro não está firmado na questão da pele e sim na questão econômica.

b) O texto trata da questão da mão-de-obra negra ter servido como força para a construção de potencias mundiais no oriente.

c) O termo “corpo fechado” está associado ao fato de que o negro não sente o sofrimento por sua grande religiosidade.

d) O trecho “pesadelos oceânicos” pode ser entendido como referência aos navios negreiros.

e) Os negros são apresentados no texto como um povo novo.



Pensamos não como página aberta, mas como hipertexto em metamorfose.

A linha de evolução da humanidade ofereceu em tempos diversos a prioridade a órgãos diferentes como fundamentais à comunicação. Quando ainda não se havia inventado a escrita, toda comunicação se fazia pela boca e esta simbolizava a essência da comunicação. Malditos eram os que rogavam pragas, e não se podia pensar em castigo maior que a imposição do silêncio.

Mais tarde, no cenário da escrita, a mão substituiu a boca, e toda a grandeza se fez em torno dos imortais, pelos textos escritos que deixaram. Exaltou-se o escrever “de próprio punho”, desenvolveu-se acurado sistema de estudo caligráfico e descobriu-se que nada expressa melhor a identidade da pessoa que sua assinatura.

Na era da informática que chega até nós, a importância da comunicação rapidamente vai substituindo as mãos pelos olhos, e a visão passa a constituir órgão soberano nos emails que se enviam, no hipertexto que se cultua. Num mundo globalizado e em muitos aspectos virtual, a boca pouco vale, e as mãos passam a ser apenas instrumento da visão. É de se acreditar que a evolução pare por aí, não porque ainda faltam órgãos para isso, mas porque o hipertexto simboliza a própria forma de pensar.

O que significa um hipertexto? O hipertexto, nova forma de escrita e de comunicação no mundo da informática, é uma espécie de metáfora na qual a informação se apresenta através de uma rede de nós interconectados por inúmeros links, a qual permite livre navegação não-linear por parte do leitor. É uma página absolutamente diferente de uma página textual, nela se descobre metamorfose permanente – pois muda a cada instante –, grande heterogeneidade – os nós do hipertexto são compostos por diversos conteúdos – e imensa multiplicidade, pois qualquer nó da rede, mesmo isolada das demais, contém uma nova rede e, principalmente, grande mobilidade dos centros. Assim, ao invés de uma “ideia principal”, presente em uma página comum, existem idéias multiconectadas que passam a ser acionadas ao sabor das necessidades e dos interesses.

Em síntese, o hipertexto se identifica com a nossa maneira de pensar, que, na verdade, funciona pela conexão entre diferentes modos de conhecer e de expressar.

(Celso Antunes. A prática de novos saberes. Fortaleza (CE):Edições Livro Técnico, 2003, p. 43-45. Adaptado.)



8. O Texto , quanto ao tema central em torno do qual se desenvolve, evidencia a pretensão do autor de ressaltar:

A) o pouco valor da comunicação oral em um mundo globalizado.

B) a rapidez com que os e-mails substituem a comunicação escrita.

C) a funcionalidade da metáfora no mundo virtual da informática.

D) o hipertexto, como manifestação da forma de pensar do homem.

E) a importância da idéia central presente na página do texto escrito.



FOI MUDANDO, MUDANDO





Tempos e tempos passaram

por sobre teu ser.

Da era cristã de 1500

até estes tempos severos de hoje,

quem foi que formou de novo teu ventre,

teus olhos, tua alma?

Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?

Os modos de rir, o jeito de andar, pele,

gozo,

coração...

Negro, índio ou cristão?

Quem foi que te deu esta sabedoria,

mais dengo e alvura,

cabelo escorrido, tristeza do mundo,

desgosto da vida, orgulho de branco, algemas, resgates, alforrias?

Foi negro, foi índio ou foi cristão?

Quem foi que mudou teu leite,

teu sangue, teus pés,

teu modo de amar,

teus santos, teus ódios,

teu fogo,

teu suor,

tua espuma,

tua saliva, teus abraços, teus suspiros, tuas comidas,

tua língua?

Te vendo, medito: foi negro, foi índio ou foi cristão?

(Jorge de Lima).



9. No século anterior ao poema de Jorge de Lima, nossos escritores já se posicionavam a respeito de

nossa identidade etnocultural. Assinale a opção em que a afirmativa de um autor do Romantismo pode ser

tomada como resposta a indagações suscitadas no texto “Foi mudando, mudando”.

(A) Nós já estamos começando a falar uma mixórdia franco-ítala-saxônia que produz dispepsias incuráveis nos puristas mas é a única linguagem que exprimiu a sensibilidade, a vida moderna. O que nós devemos é enriquecer essa maravilhosa algaravia como dengues, a graça e essa esculhambação brasileira amulatada e cabrocha. (Manuel Bandeira)

(B) De feijão se faz tutu,/ que não é mau bocadinho;/ Mas não se seja mesquinho:/ Como o feijão sem gordura/ é coisa que não se atura. (Bernardo Guimarães)

(C) Nossos ideais não podem ser os da França porque as nossas necessidades são inteiramente outras, nosso povo outro, nossa terra outra etc. Nós só seremos civilizados em relação às civilizações o dia em que criarmos o ideal, a orientação brasileira. (Mário de Andrade)

(D) Por uma praia arenosa/ Vagarosa/ Divagava uma donzela;/ Dá largas ao pensamento,/ Brinca o vento/ Nos soltos cabelos dela. (Gonçalves Dias)

(E) Os operários da transformação das nossas línguas são esses representantes de tantas raças, desde a saxônia até a africana, que fazem neste solo exuberante amálgama do sangue, das tradições e das línguas. (José de Alencar)





Leia o texto.

O cyberbullying é um problema crescente justamente porque os jovens usam cada vez mais a tecnologia. Ana, 13 anos, já era perseguida na escola – e passou a ser acuada, prisioneira de seus agressores via internet. Hoje, vive com medo e deixou de adicionar “amigos” em seu perfil no Orkut. Além disso, restringiu o acesso ao MSN. Mesmo assim, o tormento continua. As meninas de sua sala enviam mensagens depreciativas, com apelidos maldosos e recados humilhantes, para amigos comuns. Os qualificativos mais leves são “nojenta, nerd e lésbica”. Outros textos dizem: “Você deveria parar de falar com aquela piranha” e “A emo já mudou a sua cabeça, hein? Vá pro inferno”. Ana, é claro, fica arrasada. “Uso preto, ouço rock e pinto o cabelo. Curto coisas diferentes e falo de outros assuntos. Por isso, não me aceitam.” (Beatriz Santomauro. Nova Escola, junho/julho 2010. Adaptado.)



10. Conforme o texto,

(A) o desenvolvimento da tecnologia extinguirá o problemas do cyberbullying entre os jovens.

(B) apenas os jovens que não frequentam a escola são perseguidos implacavelmente pela internet.

(C) Ana é vítima do cyberbullying porque tem gostos e interesses que seu grupo social não aprecia.

(D) os qualificativos enviados pelas colegas de sala a amigos comuns levaram Ana a usar preto e pintar o cabelo.

(E) a restrição do acesso ao MSN e o uso mais limitado do Orkut eliminam, significativamente, problemas de cyberbullying.



GABARITO -1. D 2.02 3. b4. b5. b6. e7. d8. d9.e10.c



TEMA PARA A REDAÇÃO

Oitocentas famílias fazem educação em casa no Brasil, segundo a Associação Nacional de Educação Domiciliar. Há dois anos, eram 400 registros. "Não sabemos se houve crescimento ou se mais gente veio a público", diz Alexandre Magno Moreira, diretor jurídico da associação.

A lei brasileira não trata da educação domiciliar, o que dá margem a interpretações. A Constituição diz que educação é dever do Estado e da família; para a Lei de Diretrizes e Bases e o Estatuto da Criança, os pais devem matricular os filhos na escola.

Educação domiciliar tem 2 milhões de adeptos nos Estados Unidos
'No Brasil a jornada é mais solitária', diz mãe adepta da educação em casa

"O mesmo artigo da Carta é usado para defender o ensino em casa e para dizer que é inconstitucional", diz Luciane Barbosa, doutoranda em educação na USP.

No entendimento do Superior Tribunal de Justiça, educação domiciliar é inconstitucional. Seis famílias já foram processadas pela prática, e, uma delas, condenada a pagar multa. Mas já há parecer favorável a uma família.

"Temos base legal para defender a prática", diz Moreira, que é professor de direito.

Hoje em trâmite na Câmara dos Deputados, o projeto de lei 3.179/2012, do deputado federal Lincoln Portela (PR), faz a Lei de Diretrizes e
Bases admitir a educação domiciliar com acompanhamento do Estado. "Há 'homeschool' em 60 países. É um direito dos pais", diz Portela.

Para Maria Celi Vasconcelos, pós-doutora em educação, é muito cedo. "A universalidade da educação é recente. A desescolarização ainda é vista sob suspeita", diz ela, que é professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. "As últimas políticas públicas vão no sentido de aumentar a permanência de crianças na escola", lembra.

O sociólogo André de Holanda pesquisou 62 famílias brasileiras que educam em casa. A maioria (90%) diz que sua motivação é dar uma educação melhor que a escola; 75% acham que a socialização na escola é prejudicial e 60% têm motivos religiosos.

Algumas dessas razões levaram Samuel Silva, 42, executivo, a decidir não matricular seus cinco filhos no colégio. "Eles podem render mais se forem tutorados por nós."

A família segue um currículo americano com os dois filhos mais velhos, de nove e sete anos. O material vem dos EUA e é complementado com textos em português.

"Meus filhos me perguntam se vão para a escola um dia. Um dia podemos achar que eles estão prontos", diz o pai. E se esse dia não chegar e os filhos precisarem de certificados para entrar na faculdade? "Podem fazer supletivo. Há alternativas."

Silva não teme problemas legais e rebate as críticas da falta de socialização. "É escola em casa, não é monastério. Meus filhos têm amigos, fazem futebol, coral na igreja."

Para Barbosa, a socialização na escola também é questionável. "A escola seleciona o tipo de socialização. Há colégios de ricos, de pobres. Há contato com o 'diferente', mas um diferente igual", diz.

REFERÊNCIA INFANTIL

A pesquisadora enxerga na mobilização desses pais a necessidade de repensar a instituição de ensino. "Tudo mudou na sociedade, menos a escola. Eles têm razão nas críticas", afirma. "Mas, apesar dos problemas, a escola é uma referência para a infância no Brasil e esses questionamentos poderiam ser usados para mudar a instituição. Se esses pais superengajados estivessem dentro da escola, ela seria diferente."

Vasconcelos pesquisou famílias brasileiras e portuguesas para seu pós-doutorado e diz não ser possível classificar a educação domiciliar. "Há famílias com bons resultados, mas não significa que o 'homeschool' é um sistema de qualidade." Isso porque não há um só método, há milhares. Cada família tem um.