sábado, 30 de março de 2013









UFRGS divulga lista de leitura obrigatória para o vestibular 2014






Quatro novas obras foram adicionadas à lista:


- "Terras do Sem Fim" de Jorge Amado;


- "Boca de Ouro" de Nelson Rodrigues;


- Doze contos de Murilo Rubião (1 - O pirotécnico Zacarias; 2 - O ex-mágico da Taberna Minhota; 3 - Bárbara; 4 - A cidade; 5 - Ofélia, meu cachimbo e o mar; 6 - A flor de vidro; 7 - Os dragões; 8 - Teleco, o coelhinho; 9 - O edifício; 10 - O lodo; 11 - O homem do boné cinzento; 12 - O convidado);


- "As Parceiras", de Lya Luft.






As obras que permanecem na lista são:


- Seleção de obras poéticas de Gregório de Matos Guerra;


- "O Guardador de Rebanhos", de Alberto Caeiro (heterônimo de Fernando Pessoa);


- "Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida;


- "Esaú e Jacó", de Machado de Assis;


- "A Educação pela Pedra", de João Cabral de Melo Neto;


- "História do Cerco de Lisboa", de José Saramago;


- "O Centauro no Jardim", de Moacyr Scliar;


-"Contos Gauchescos", de João Simões Lopes Neto.

Para o concurso de 2014, saem da lista as obras "Manuelzão e Miguilim (Campo Geral e Uma estória de amor)", de Guimarães Rosa; "O Pagador de Promessas", de Dias Gomes; "Feliz Ano Novo", de Rubem Fonseca; e "O Filho Eterno", de Cristóvão Tezza






Só estudar!!!!

quarta-feira, 6 de março de 2013




6 - PERÍODO COMPOSTO

Coordenação e Subordinação

Quando um período é simples, a oração de que é constituído recebe o nome de oração absoluta.

Por Exemplo:

A menina comprou chocolate.

Quando um período é composto, ele pode apresentar os seguintes esquemas de formação:

a) Composto por Coordenação: ocorre quando é constituído apenas de orações independentes, coordenadas entre si, mas sem nenhuma dependência sintática.

Por Exemplo:

Saímos de manhã e voltamos à noite.

b) Composto por Subordinação: ocorre quando é constituído de um conjunto de pelo menos duas orações, em que uma delas (Subordinada) depende sintaticamente da outra (Principal).

Por Exemplo:


Não fui à aula porque estava doente.


Oração Principal

Oração Subordinada


c) Misto: quando é constituído de orações coordenadas e subordinadas.

Por Exemplo:


Fui à escola e busquei minha irmã que estava esperando.


Oração Coordenada

Oração Coordenada

Oração Subordinada


Obs.: qualquer oração (coordenada ou subordinada) será ao mesmo tempo principal, se houver outra que dela dependa.

Por Exemplo:

Fui ao mercado e comprei os produtos que estavam faltando.


Oração Coordenada (1)
Oração Coordenada (2) (Com relação à 1ª.) e Oração Principal (Com relação à 3ª.)
Oração Subordinada (3)



PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO

Já sabemos que num período composto por coordenação as orações são independentes e sintaticamente equivalentes.

Observe:

As luzes apagam-se, abrem-se as cortinas e começa o espetáculo.

O período é composto de três orações:


As luzes apagam-se; abrem-se as cortinas;e começa o espetáculo.


As orações, no entanto, não mantêm entre si dependência gramatical, são independentes. Existe entre elas, evidentemente, uma relação de sentido, mas do ponto de vista sintático, uma não depende da outra. A essas orações independentes, dá-se o nome de orações coordenadas, que podem ser assindéticas ou sindéticas.

A conexão entre as duas primeiras é feita exclusivamente por uma pausa, representada na escrita por uma vírgula. Entre a segunda e a terceira, é feita pelo uso da conjunção "e". As orações coordenadas que se ligam umas às outras apenas por uma pausa, sem conjunção, são chamadas assindéticas. É o caso de "As luzes apagam-se" e "abrem-se as cortinas". As orações coordenadas introduzidas por uma conjunção são chamadas sindéticas. No exemplo acima, a oração "e começa o espetáculo" é coordenada sindética, pois é introduzida pela conjunção coordenativa "e".


Obs.: a classificação de uma oração coordenada leva em conta fundamentalmente o aspecto lógico-semântico da relação que se estabelece entre as orações.


Classificação das Orações Coordenadas Sindéticas

De acordo com o tipo de conjunção que as introduz, as orações coordenadas sindéticas podem ser: aditivas, adversativas, alternativas, conclusivas ou explicativas.




a) Aditivas
Expressam ideia de adição, acrescentamento. Normalmente indicam fatos, acontecimentos ou pensamentos dispostos em sequência. As conjunções coordenativas aditivas típicas são "e" e "nem" (= e + não). Introduzem as orações coordenadas sindéticas aditivas.

Por Exemplo:

Discutimos várias propostas e analisamos possíveis soluções.

As orações sindéticas aditivas podem também estar ligadas pelas locuções não só... mas (também), tanto...como, e semelhantes. Essas estruturas costumam ser usadas quando se pretende enfatizar o conteúdo da segunda oração. Veja:

Chico Buarque não só canta, mas também (ou como também) compõe muito bem.

Não só provocaram graves problemas, mas (também) abandonaram os projetos de reestruturação social do país.

Obs.: como a conjunção "nem" tem o valor da expressão "e não", condena-se na língua culta a forma "enem" para introduzir orações aditivas.


Por Exemplo:


Não discutimos várias propostas, nem (= e não) analisamos quaisquer soluções.



b) Adversativas
Exprimem fatos ou conceitos que se opõem ao que se declara na oração coordenada anterior, estabelecendo contraste ou compensação. "Mas" é a conjunção adversativa típica. Além dela, empregam-se: porém, contudo, todavia, entretanto e as locuções no entanto, não obstante, nada obstante. Introduzem as orações coordenadas sindéticas adversativas.


Veja os exemplos:

"O amor é difícil, mas pode luzir em qualquer ponto da cidade." (Ferreira Gullar)

O país é extremamente rico; o povo, porém, vive em profunda miséria.

Tens razão, contudo controle-se.

Janaína gostava de cantar, todavia não agradava.

O time jogou muito bem, entretanto não conseguiu a vitória.


Saiba que:

- Algumas vezes, a adversidade pode ser introduzida pela conjunção "e". Isso ocorre normalmente em orações coordenadas que possuem sujeitos diferentes.

Por Exemplo:


Deus cura, e o médico manda a conta.

Nesse ditado popular, é clara a intenção de se criar um contraste. Observe que equivale a uma frase do tipo: "Quem cura é Deus, mas é o médico quem cobra a conta!"

- A conjunção "mas" pode aparecer com valor aditivo.


Por Exemplo:

Camila era uma menina estudiosa, mas principalmente esperta.




c) Alternativas

Expressam ideia de alternância de fatos ou escolha. Normalmente é usada a conjunção "ou". Além dela, empregam-se também os pares: ora...ora, já...já, quer...quer..., seja...seja, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas alternativas.


Exemplos:

Diga agora ou cale-se para sempre.

Ora age com calma, ora trata a todos com muita aspereza.

Estarei lá, quer você permita, quer você não permita.


Obs.: nesse último caso, o par "quer...quer" está coordenando entre si duas orações que, na verdade, expressam concessão em relação a "Estarei lá". É como disséssemos: "Embora você não permita, estarei lá".


d) Conclusivas

Exprimem conclusão ou consequência referentes à oração anterior. As conjunções típicas são: logo, portantoe pois (posposto ao verbo). Usa-se ainda: então, assim, por isso, por conseguinte, de modo que, em vista disso, etc. Introduzem as orações coordenadas sindéticas conclusivas.

Exemplos:

Não tenho dinheiro, portanto não posso pagar.

A situação econômica é delicada; devemos, pois, agir cuidadosamente.

O time venceu, por isso está classificado.

Aquela substância é toxica, logo deve ser manuseada cautelosamente.


e) Explicativas

Indicam uma justificativa ou uma explicação referente ao fato expresso na declaração anterior. As conjunções que merecem destaque são: que, porque e pois (obrigatoriamente anteposto ao verbo). Introduzem as orações coordenadas sindéticas explicativas.

Exemplos:

Vou embora, que cansei de esperá-lo.

Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia inteiro.

Cumprimente-o, pois hoje é o seu aniversário.


Atenção:

Cuidado para não confundir as orações coordenadas explicativas com as subordinadas adverbiaiscausais. Observe a diferença entre elas:


- Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.


Por Exemplo:

A criança devia estar doente, porque chorava muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de sua doença.)